domingo, 12 de fevereiro de 2017

E se...



E se a gente fugisse...
E se a gente, esse agente de paz, fugisse?
E encontrasse um lugar assim, na beira de um lago, com uma casinha simples de luzes amarelas calmas e serenas?
E se a gente visse ao acordar bem cedo um passarinho na janela a nos avisar que a vida começa enquanto se olha de perto pra ela?
E se a gente entendesse que o mundo é em todo o lugar e fugisse para qualquer parte dele?
E se?
E se a gente soubesse que não dá para saber o que virá até que a gente vá lá e pegue na mão da estrada e a leve com a gente?
E se a gente visse aquele arco-íris tocando o chão no meio da mata e pudesse parar e ir lá tocar, ver que o potinho de ouro na verdade era mentira, mas que em vez de ouro havia alguns gnomos e elfos e fadas e vagalumes pra a gente brincar de ser criança e de nunca crescer?
E se a gente esquecesse a guerra e acreditasse que a timidez do bem é que desperta o mal e mudasse tudo, tudo?  E visse enfim flores sendo plantadas nas entradas das estradas que caminhavam de mãos dadas com os canhões de outrora?
E se?
E se...

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